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31/10/2014
Conferência “O NOVO MODELO DO MERCADO ELÉCTRICO RETALHISTA” O CLIENTE NO CENTRO DO TRIÂNGULO DISTRIBUIDOR, COMERCIALIZADOR, REGULADOR

Cerca de 160 participantes em debate centrado no mercado liberalizado e no consumo eficiente

 

“Preço da electricidade continua a ser decisivo, mas consumidor privilegia

cada vez mais o serviço e a confiança”, conclui Encontro ELECPOR

 

O sector eléctrico mudou e o consumidor está a mudar a sua atitude, sendo cada vez mais participativo e exigente, privilegiando não apenas o preço, mas também uma diversidade de serviços adicionais mais próximos e interactivos. A confiança e a transparência são elementos preponderantes para as suas escolhas. Estas são algumas das conclusões que se retiram do 6.º Encontro ELECPOR - O novo modelo do mercado eléctrico retalhista. O Cliente no centro do triângulo Distribuidor, Comercializador, Regulador’, que decorreu esta sexta-feira, 31 de Outubro, em Lisboa.

“O consumidor tem de estar cada vez mais no centro, mas tal só é possível se trilharmos um caminho consistente no âmbito daquelas que são as ambições (portuguesas e europeias) ao nível do Clima, da Energia e da Concorrência”, afirmou Artur Trindade. Porém, acrescentou o Secretário de Estado da Energia, “há uma falta de objectividade nas instâncias europeias quando se fala do mercado energético, que exige uma dinâmica diferente ao nível do financiamento e da inovação”.

Para o Director-Geral da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico, João do Nascimento Baptista, “é indiscutível que a passagem ao mercado livre suscitou o aparecimento de novos agentes, estimulando a concorrência e a aposta num serviço ao cliente mais próximo e diferenciado. O consumidor passou a ter um papel mais activo, cada vez mais atento à forma como consome energia e às estruturas tarifárias que se adequam ao seu perfil”.

Um dos principais elementos de fidelização passa por assegurar aos consumidores que podem sair e mudar de fornecedor a qualquer momento”, afirmou Philip Lewis. Focando a sua intervenção nos dois eixos essenciais, “confiança” e “envolvimento dos consumidores”, o CEO da VaasaETT (thinktank finlandês para o sector energético) assegurou que “tendo a confiança e o respeito do consumidor, o passa-palavra é um elemento essencial para conquistar e fidelizar os consumidores”.

“Acima de tudo, é importante que a indústria trabalhe em conjunto e tenha os seus papéis bem definidos, pois essa relação reflecte-se nas escolhas do consumidor”, afirmou Tony Masella. Para o Global Managing Director da Accenture Energy Consumer Services (AECS), “o mercado do Texas (EUA) é bastante vibrante e dinâmico e um bom exemplo de um modelo de liberalização, exactamente porque promove uma distinção clara dos papéis e responsabilidades dos vários agentes”.

Em Portugal, a liberalização do mercado retalhista, que supera já os 3 milhões de clientes – e que, segundo o regulador, a ERSE, cresceu 59% entre Agosto de 2013 e Agosto deste ano -, suscitou o aparecimento de novos agentes, estimulando a concorrência e trazendo benefícios adicionais aos consumidores. Foi este o mote para o debate que contou com uma série de responsáveis do sector eléctrico português e de uma audiência composta por mais de 160 participantes. O desenvolvimento das Redes Inteligentes (SmartGrids) foi outro dos temas em foco no encontro.

Alguns dados surpreendentes da votação electrónica

Na votação electrónica, realizada durante o evento junto da assistência, sobressaíram alguns resultados interessantes: 50% dos inquiridos não revela qualquer desconfiança na utilização dos seus dados de consumo pelo comercializador; apenas 9% acredita que a publicidade geral dos comercializadores tem impacto nas suas escolhas (ao contrário das organizações de defesa dos consumidores ou da experiência dos amigos, ambos na ordem dos 30-33%); e 53% acredita que o montante e a remuneração dos investimentos nas redes inteligentes é o maior desafio enfrentado pelos distribuidores.

 



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